sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Budismo



Oi gente, tudo bem com vocês? Espero que sim! Bem, eu sou uma pessoa muito curiosa e recentemente eu me interessei pelo Budismo. Hoje eu quero, então, compartilhar com vocês o que eu aprendi pesquisando sobre uma região/filosofia de vida que vem crescente muito, tanto no Oriente quanto no Ocidente.

A fonte principal da minha pesquisa foi a edição da revista Ler & Saber BUDISMO - Ano 1, nº 1 - 2015.


Bem, primeiro de tudo, como surgiu o Budismo? Quem é Buda?



O Budismo é um sistema filosófico, religioso e ético que surgiu no Oriente e se expandiu pelo mundo. Entre os séculos 6 e 5 antes de Cristo, nasceu onde hoje é o território do Nepal um príncipe chamado Sidarta Gautama. Filho de um rei muito rico e poderoso, Sidarta cresceu no palácio de seu pai, sendo educado e cuidado por sua tia. Por desejo de seu pai, Sidarta não tinha muito contato com o mundo fora do palácio. Ele era, porém, um jovem curiosos e algumas vezes deixou o palácio para conhecer mais do mundo. 

Em suas "fugas" do palácio, Sidarta vivenciou três situações que o estimulariam posteriormente a buscar um novo caminho em sua vida. Na primeira situação, ele viu um homem já idoso, que tinha dificuldade para andar e apoiava seu peso em um bastão - Sidarta então conhecia a velhice. Na segunda situação, ele conheceu um homem que estava morrendo devido a uma doença grave - Sidarta então conhecia a doença. Na terceira situação, ele viu um cadáver - Sidarta então conhecia a morte. Depois de vivenciar esses problemas e injustiças da vida, Sidarta abdicou aos seus bens e ao conforto do palácio para buscar respostas.

Depois de muito peregrinar e meditar, Sidarta atingiu o Nirvana - o estado além da dor que podemos conquistar após a iluminação - e por isso recebeu o nome de Buda ("iluminado"). Depois de atingir a iluminação, Buda buscou pregar seus ensinamentos para ajudar aos outros, mas sempre afirmando que não era um deus e que seus ensinamentos poderiam ter falhas. Assim, cada um deveria buscar sua iluminação dentro de si mesmo.

Com o passar do tempo, o Budismo foi se espalhando pelo Oriente. Um imperador chamado Asoka, que governou um território que hoje faz parte da Índia, converteu-se ao Budismo depois de se arrepender pelos horrores das guerras que travou. Sob suas ordens, várias missões foram organizadas para levar os ensinamentos de Buda ao resto do mundo. Além disso, os próprios comerciantes, na época da rota da seda, acabavam por levar os ensinamentos para onde hoje é a Europa quando iam vender seus produtos.

O que é o Carma no Budismo?



Segundo os ensinamentos de Buda, o que fazemos em um momento, mais cedo ou mais tarde, terá uma consequência. É como a Lei da Ação e Reação de Newton - toda ação provoca uma reação de mesma intensidade e sentido contrário. Na perspectiva budista, se praticamos coisas boas, coisas boas voltam para nós e para as pessoas envolvidas. Mas, da mesma maneira, se praticamos coisas ruins, coisas ruins voltam para nós e para as pessoas envolvidas.

"O que somos hoje é resultado de nossos pensamentos de ontem, e nossos pensamentos presentes determinarão o nosso futuro." - Sidarta Gautama.

As Quatro Nobre Verdades do Budismo, o Caminho do Meio e os Cinco Preceitos.



Para os budistas, o amor e a compaixão estão sempre no centro de tudo, pois, assim como a caridade e os sentimentos positivos, fazem bem ao próximo e edificam nosso próprio caráter. Além disso, o Budismo é fundamentado em quatro verdades:

1- A verdade do sofrimento: tudo em nossa vida é passageiro; as coisas as quais nos apegamos não são duráveis; percebemos que nós mesmos tendemos a morte e sofremos por não aceitar.
2 - A verdade da origem do sofrimento: a causa do sofrimento humano é o desejo, base da ganância, da inveja e da ignorância.
3 - A verdade do fim do sofrimento: para atingir o Nirvana, o indivíduo precisa se afastar do desejo de tudo que é mundano.
4 - A verdade do caminho para o fim do sofrimento: Buda buscava um caminho intermediário; o ser humano não deve se entregar aos prazeres em excesso, mas também não deve levar uma vida de miséria; a chave para se libertar do sofrimento é encontrar o Caminho do Meio.

O Caminho do Meio é a estrada para se livrar do sofrimento e atingir a iluminação, e divide-se em três vertentes: a Estrada da Sabedoria (o homem deve olhar para o mundo sem falsas esperanças, cultivar bons pensamentos e afastar os sentimentos ruins), a Estrada da Ética (o homem deve falar de modo carinhoso e saber a hora de não falar, deve respeitar os Cinco Preceitos e não deve ganhar a vida com uma profissão que faça mal aos outros) e a Estrada da Meditação (o homem deve ter determinação, conhecer seu corpo e mente e saber refletir e meditar corretamente).

Os Cinco Preceitos são como regras de conduta para o dia a dia. Não devemos fazer mal a nenhuma criatura viva intencionalmente; não devemos tomar nada que não nos tenha sido dado livremente; não devemos ter uma vida sexual irresponsável; não devemos falar falsidades ou insultos; e por fim, não devemos consumir álcool nem drogas.

A meditação no Budismo e a Sociedade Budista do Brasil.



A meditação é, no Budismo, a forma pela qual podemos mudar nossos estados mentais. As conquistas mundanas nos trazem satisfação temporária e não são capazes de promover a felicidade duradoura. A verdadeira felicidade encontra-se em nós mesmos, no interior de nossas mentes.

Existe em nossa país a Sociedade Budista do Brasil. A sociedade foi fundada não-oficialmente em 1955 por um grupo de estudiosos do Budismo e oficialmente em 1967. A sede encontra-se no Rio de Janeiro e, inicialmente, divulgava sobre todas as ramificações do Budismo, mas hoje foca-se na ramificação Theravada. No site da sociedade, além de diversas informações sobre o Budismo e sobre como participar, há ensinamentos sobre meditação, os quais você pode conferir clicando aqui!

Uma história contada por Buda.




Para concluir este post sobre o Budismo, eu quero colocar aqui uma parábola contada por Buda e que eu gostei bastante.

A parábola é sobre a Verdade e chama-se O Filho Perdido.
Um jovem viúvo, que gostava muito de seu filho de cinco anos, estava fora, a trabalho, quando bandidos puseram fogo na cidade e sequestraram seu filho. Quando o homem voltou para casa, viu tudo destruído e entrou em pânico. Pegou o corpo queimado de uma criança que tomou por seu filho e chorou copiosamente. Organizou a cerimônia de cremação e depositou as cinzas em um bonito e pequeno saco, que passou a carregar sempre consigo. Tempos depois, seu filho verdadeiro conseguiu escapar dos bandidos e achou o caminho de casa. Chegando na nova casa de seu pai, tarde da noite, bateu à porta. O pai, ainda desgostoso, perguntou: "Quem é?". A criança respondeu, "sou eu, pai, abra a porta!". Mas, em seu agitado estado de alma, convencido de que seu filho já estava morto, o pai pensou que algum menino o estava ridicularizando. Ele então gritou: "Vá embora!" e continuou a chorar. Depois de algum tempo, a criança foi embora. Desde então, o pai e seu filho nunca mais se encontraram. Às vezes, achamos que uma coisa é verdadeira. Se nos apegamos fortemente a esta "verdade", mesmo que a verdade bata à nossa porta, não a abriremos.
Bem, é isso. Espero que minha pesquisa tenha trago muitas informações interessantes pra vocês!

Post escrito por Kytto.

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